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JÚLIO CAVALCANTI

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A escola e o afeto.




Um recente escrito de Arnaldo Jabor me fez pensar e repensar sobre um aspecto muito falado por diversos autores da educação, porém pouco discutido na prática: o afeto - (lat affectu) Sentimento de afeição ou inclinação para alguém. Amizade, paixão, simpatia.
É impressionante o numero cada vez maior de crianças e adolescentes em nossas escolas que conhecem apenas a linguagem da violência e do desamor. E o professor o que tem feito?? Será a sua função somente instruir e transmitir conhecimentos técnicos longe do ser humano sentado a sua frente?
Será sua função apenas corrigir a prova preparada e aplicada há anos, de acordo com seu gabarito rígido e intato?
Vivemos em uma geração carente de amor, carente de toque, carente de afeto. O que produzirá esta geração, fruto de uma sociedade efêmera e individualista...
O fenômeno de educar e de aprender vai alem de papel e lápis, quadro e giz.
O aprendizado é bem sucedido quando significativo para o aprendente, quando este é afetado pelo ensinante. É preciso haver simbiose, sinergia entre aquele que ensina e aquele que aprende.
O ser que ocupa um apertado espaço reservado por um mobiliário sucateado, precisa deixar de ser um numero na chamada para se tornar um sujeito com uma história, com emoção, muitas vezes surpreendido por duros nocautes que jamais alguém que se distancia desta realidade será capaz de perceber.
Quantas dificuldades de aprendizagem surgidas tão somente de um contexto social e familiar desajustados que nem de longe representam algo patológico. Mas assim são tratadas porque dá trabalho procurar conhecer o aluno e conhecer como ele aprende.
“Para ensinar sempre é necessário amar e saber: Porque quem não ama não quer e quem não sabe não pode.” Pde Antonio Vieira´

Atenciosamente prof dinamizadora: Marilene Marins

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